Joel Pace conta histórias da família e das vivências no cultivo de plantas

Joel Pace

Ex-funcionário da Floresta Municipal das Corredeiras (posto agropecuário na época), Joel Pace pertence a uma linhagem de jardineiros. Seu bisavô, Luigi Vicenzo Pace, foi quem trouxe as sementes das palmeiras imperiais plantadas na praça Ataliba Leonel e foi o primeiro fotógrafo e coveiro da cidade de Piraju.

O avô, João Humberto; o pai, João Pace Junior e o tio, Sebastião, todos jardineiros com vasta trajetória no embelezamento, arborização e cultivo de plantas na cidade. Por muitos anos, Sebastião foi o responsável pelas flores e plantas da praça Arruda e o avô, juntamente com o bisavô, foi quem plantou os plátanos e ciprestes italianos que até hoje existem em volta da praça Ataliba Leonel.

Nas histórias familiares de jardinagem, o ex-prefeito Quinzinho Camargo, que geriu Piraju de 1956 a 59, aparece como um grande fiscal do paisagismo pirajuense. Considerado como sendo a figura pioneira que vislumbrou a possibilidade de transformar o município em estância turística, Quinzinho fazia questão de cultivar árvores e flores pelo passeio público e inspecionava de perto o trabalho dos jardineiros da época – a família de Joel lembra.

João Humberto Pace, jardineiro que plantou os plátanos do Centro, com esposa Maria José e filhas Branca e Maura

Enquanto foi servidor municipal, Joel foi responsável pelo viveiro de mudas da Floresta. Entre os anos 2000 e 2001, a equipe produziu e distribuiu um sem número de mudas de ipês, quaresmeiras, ingás, espatódeas, flamboyants e também flores como verbenas, gerânios, primaveras, hortênsias e outras. Algumas mudas eram trocadas com os interessados por terra, adubo e materiais para auxiliar na produção de mais mudas.

No início dos anos 2000, em parceria com a professora Julieta Zanatta, Joel ensinou as crianças de uma escola de educação infantil da vila Jurumirim a plantar e cultivar flores e árvores (ver foto em destaque).

A lida com a terra e com as plantas rendem um vasto repertório de aprendizados, vivências e memórias. Em meados de 2001, por exemplo, um alcoolista morador da Casa de Apoio Vida Nova, de Piraju, passou a frequentar o viveiro de mudas da Floresta e pegou gosto pela coisa: aprendeu a peneirar a terra, a buscar água, o trato necessário para cada planta, os alimentos preferidos de um lagarto que habitava a área e, assim, superou o vício.

Naquela época, o então posto agropecuário produzia frutas e verduras, cultivadas pelos funcionários, que abasteciam a Cozinha Piloto e escolas municipais.

Joel Pace conhece muitas plantas e sabe como zelar por quas.e todas elas. Sobre as inúmeras árvores que vêm sendo erradicadas pela cidade – muitas vezes sem justificativa plausível – o jardineiro afirma que problemas como broca e fungos podem ser combatidos com pomadas e fungicidas. Segundo ele, se as árvores de Piraju fossem bem tratadas contra as pragas, as erradicações seriam evitadas.

Luigi (Luiz) Vicenzo Pace

Nota de Agradecimento: Joel Pace aproveita a oportunidade para agradecer ao “Zi”, ao Chico Miranda e ao ex-prefeito Maurício Pinterich pela possibilidade de ter desenvolvido e cuidado do viveiro de mudas na época. 

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