Agressões na frente de tabernas, defloramentos e vadiagens ocorriam na Piraju dos anos 20
Entre suas relíquias, o Acervo Municipal de Piraju mantém registros antigos de ocorrências policiais em livros com anotações feitas pela polícia em diversas épocas. Os velhos documentos foram escritos à mão, o que solicita ao leitor um pouco de dedicação e paciência durante a leitura, uma vez que nem todas as caligrafias são de fácil entendimento.
Tentativa de assassinato
Em 3 de março de 1921, um comerciante de 25 anos foi preso por tentar assassinar outro homem em frente à “taberna” de Ernesto Zunder na Rua João Julião (atual Carlos de Campos). O crime foi motivado pelo fato da vítima “ter mantido relações sexuais com a mulher do preso”.
O comerciante foi preso preventivamente por tentativa de morte e, no dia 12 de março, teve seu alvará de soltura assinado pelo juiz Simão Eugênio de Oliveira Lima após pagamento de fiança.
Não consta no documento o nome da esposa adúltera e nem do amante. Contudo, foi registrado que o indiciado “sabia ler e escrever”.
Vadiagem, defloramentos & desordem em 1928
No dia 17 de março do “anno” de 1928, um jornaleiro “analphabeto”, conforme a grafia da época, foi condenado a 1 ano e 3 meses de prisão por ter deflorado (estuprado) uma garota menor de idade.
Uma jovem meretriz de 20 anos que residia no Centro de Piraju teve uma breve passagem pela cadeia no dia 22 de maio do mesmo ano, acusada de “desordem”. Ela foi liberada no mesmo dia, mas os registros não destacam detalhes envolvendo as razões daquilo que culminou em sua prisão.
Em 8 de abril de 1928, um jornaleiro viúvo de 26 anos – que também sabia ler e escrever – foi preso por defloramento de uma menor de idade em Piraju. Não há informações sobre o local ou condições em que o crime aconteceu. O homem foi liberado do “xadrez” no dia 30 do mesmo mês.
No dia 20 de agosto, um jornaleiro “analphabeto” de 38 anos foi preso por vadiagem.


