Pontos de descarte de lixo precisam de soluções específicas

“Resíduos que fazem parte da paisagem” incomodam moradores e prejudicam visual da Estância Turística

 

Lixo acumulado às margens da estrada do Funil

 

Estrada do Funil, Rua Antônio Cesário Garcia, Rua Joaquim Theotônio de Araújo, Rua Henrique Nardini e Avenida Celso Galdino Fraga são alguns dos logradouros da cidade com trechos que viraram pontos de descarte de lixo.

Ausência de lixeiras, inexistência de placas informativas e o costume já naturalizado dos transeuntes de atirar embalagens plásticas, caixas de cigarros e toda a sorte de detritos transformam essas vias públicas em mini-lixões a céu aberto. Em alguns locais, até mesmo entulho em grandes quantidades passa a fazer parte da paisagem, propiciando o aparecimento de escorpiões e animais peçonhentos.

O depósito de plásticos às margens da estrada do Funil atrai urubus às dezenas.

O barranco da avenida Celso Galdino Fraga, na descida da Estação, acumula uma boa quantidade de sacos de lixo doméstico que acabam indo parar ali seja por descarte indevido ou por obra de algum cachorro errante e faminto. O relevo do barranco impede a limpeza da área e facilita a chegada dos resíduos às corredeiras do Paranapanema na primeira chuva.

Em alguns endereços, como na rua Henrique Nardini e no final da Antônio Cesário Garcia, ambos na Vila Tibiriçá, a presença do lixo é tão constante que a vizinhança e transeuntes até se acostumaram a ver a área coberta de materiais inservíveis e chegou-se ao ponto que, hoje em dia, ninguém reclama e nem toma qualquer atitude.

Situação de trecho da rua Antônio Cesário Garcia, na Estação

 

 

“TODO DIA UM SACO DE LIXO”

 

Diante desses problemas, a campanha “Todo dia um saco de lixo” segue coletando materiais das ruas, mas alertando que a simples catação de lixo por voluntários não resolve o problema da poluição, ainda que melhore o visual urbano discretamente. A campanha deixa claro que são necessárias políticas públicas voltadas para a limpeza pública, além de placas, fiscalização eletrônica e – por que não? – estabelecimento de multas àqueles que prejudicam a qualidade de vida de toda a comunidade com ações poluentes.

Invólucros de balas retiradas das ruas. Resíduos são de reciclagem difícil

Apelo: dispense canudos e corte balinhas da dieta!

Você sabia que pequenos pedaços de plástico, como canudos, invólucros de balas e chicletes e sachês de catchup não são recicláveis?

Esses resíduos acabam indo para os aterros sanitários comuns, onde levam mais de 400 anos para se decompor.

Segundo a Associação dos Catadores de Lixo Urbano de Piraju, (ACLU), esses plásticos pequeninos não têm saída de mercado, ou seja, não há quem os adquira, pois a reciclagem deles é difícil e, para muitos compradores, acaba não valendo a pena.

Mesmo quando descartados corretamente, canudos de plástico podem escapar para a natureza e ser carregados pela chuva para rios, ribeirões e mares, onde são fonte da formação de microplástico, partículas minúsculas que já contaminam parte do sal e da água que ingerimos. Portanto, dispense canudos e evite balinhas e chicletes.

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