Há um ano um cão pequenino e sem raça definida apareceu na rampa da academia Fênix, onde dormiu por dois dias. Marcelo notou a presença do bichinho, mas relutou em contar para a esposa, Viviane, temendo que ela se preocupasse demais – “cachorreiros” entenderão o drama.

Uma vez revelado o segredo, o cachorrinho, que já estava bem alimentado, tomou um banho e foi ao veterinário fazer um “check-up”. Em seguida, Vivi (que já é dona de Apolo, Belinha, Chanel, Supino e Thor), postou uma foto do animal nas redes sociais para descobrir se ele tinha dono ou se alguém de disponibilizava a adotá-lo. Alguém comentou que o rapaz tinha nome – era Pipoca – e que era um popular frequentador das imediações de um bar no centro de Piraju.

A certeza sobre o passado de Pipoca nunca veio à tona. Especula-se que ele possa ter sido abandonado, fugido de casa ou ainda que tenha sido um “cão comunitário”, desses criados na rua por um grupo de moradores. Fato é que o danado é castrado, educado e tem modos de cachorro adestrado: senta, brinca e jamais faz as necessidades em lugar inapropriado.

Quem gosta de animais sabe que o vínculo não demora nada para acontecer: estava decidido, então, que o Pipoca, antigo cão de rua, ia morar na academia. Quer guarda melhor que um vira-lata? Lá ele passa os dias, brinca, corre, dorme, come (além de ração ele A-DO-RA barras de proteína e gelzinho pré-treino) e faz amizades com humanos dependendo de sua simpatia e intuição canina.

Durante a noite, ele resolve matar as saudades da vida de cão andejo e boêmio e sai “rolezar”, de vez em quando na feira da lua, de vez em quando no trailer de hot-dog do generoso Edson em frente ao Itaú, de quem sempre ganha umas salsichas de prenda.

O cachorrinho agora tem sobrenome, é o “Pipoca da academia”, o cãozinho que apareceu do nada e ganhou um lar nada convencional e que tem uma grande família humana, cheio de amigos e de pessoas que admiram seu carisma canino.  Devido à sua história, tem até banhos semanais garantidos oferecidos pela Eliane Trindade do banho e tosa Sweet Pet.

A história do Pipoca prova que os bichos também são capazes de escolher seus humanos de estimação. E quem é capaz de recusar um carinho desses?

 

 

 

1 thought on “Pipoca, um cachorro de academia (mas nada fitness)

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