Théo Motta

– O dia de hoje, se conseguirmos chegar a seu final.

Nós, humanos, costumamos planejar nossas vidas como se fôssemos os donos dos nossos destinos sem nos darmos conta que o universo foi criado (?) há 18 bilhões de anos e a cada dia se renova, um sinal inequívoco de que nada é definitivo, nada está pronto, tudo ainda está em movimento, em construção, como um solo de saxofone em tessitura que você sabe como inicia, mas nunca sabe como termina.

O que marca o ritmo da nossa vida é o compasso no qual vibramos. Uns vibram no binário, outros no quaternário, dependendo da nossa disposição genética, sobre a qual não temos nenhum controle. Dependendo das aptidões, uns serão pedreiros, outros escritores, jornalistas, músicos, lixeiros, professores, uns serão boêmios; outros abstêmios, uns serão honestos; outros políticos. Alguns serão lembrados, outros esquecidos, mas todos SOMOS, pelo menos enquanto estivermos por aqui fazendo tudo ou fazendo nada.

Se entendêssemos melhor a origem das coisas, faríamos menos comparações e talvez o mundo fosse um lugar muito melhor para se viver em paz. Não haveria trezentos e cinquenta milhões de irmãos em estado total de abandono, enjeitados, rejeitados como párias de uma sociedade doente, afogada pelas nossas diferenças.

Hoje pela manhã acordei pensando em tantos amigos queridos que partiram, alguns cedo demais deixando tudo o que tinham para trás. Todos eles tinham sonhos, grandes planos para si e para outros e de repente caíram no grande buraco negro e simplesmente desapareceram, viraram Nada. Então eu repito a você a pergunta inicial: o que temos para hoje?

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